Funcionalismo se reúne para debater mudanças de contribuição previdenciária em 2025


Propostas de Emenda à Constituição que versam sobre aposentadoria de servidores viram motivo de debate

 

As entidades afiliadas ao Fórum Nacional Permanente de Carreiras de Estado (Fonacate) participaram de assembleia ordinária deste ano — Foto: Freepik


por Gustavo Silva


A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023 ( https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/161307 ), que visa aplicar automaticamente as regras previdenciárias da União a estados e municípios, tem sido motivo de preocupação e debate para representantes do funcionalismo público. A mudança valeria apenas a entes administrativos que ainda não adequaram seus regimes próprios à Emenda Constitucional 103/2019 ( https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/emendas/emc/emc103.htm ), originada da reforma da Previdência.

A proposta, que inicialmente tinha como objetivo a renegociação de dívidas previdenciárias municipais e o estabelecimento de limites para o pagamento de precatórios, sofreu alterações durante a votação no Senado. Agora, ela também impõe a aplicação automática das regras federais a estados e municípios sem a devida consulta aos servidores.

Para as entidades filiadas ao Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado, a PEC 66/2023 desrespeita os princípios constitucionais referentes ao subsistema previdenciário, violando os direitos dos servidores públicos e o Pacto Federativo. Diante disso, o Fonacate anunciou que irá intensificar suas ações parlamentares para combater essa proposta e prometeu divulgar uma Nota Pública sobre o tema nos próximos dias.


Contribuição previdenciária


Outra pauta do encontro foi a PEC 06/2024, que propõe a redução gradual da contribuição previdenciária de servidores aposentados e pensionistas da União e de estados e municípios.

A matéria prevê queda de 10% ao ano nas contribuições previdenciárias — a partir dos 66 anos para homens e 63 anos para mulheres. A proposta ainda dispõe que, quando o titular atingir os 75 anos, a colaboração monetária deverá ser totalmente dispensada.

Uma das estratégias para conceder sucesso à PEC é apensá-la a uma outra já existente e que também trata do direito previdenciário dos estatutários. A PEC 555 está há anos em tramitação na Câmara dos Deputados e já passou por todo o rito.

O presidente do Fonacate, Rudinei Marques, defendeu a PEC afirmando que ela fará "justiça aos servidores aposentados no momento da vida em que mais precisam dispor de recursos".




Fonte: Coluna Servidor Público - Jornal Extra
 


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