Defasagem salarial de R$ 10 mil: CSPB cobra equiparação para servidores das Agências Reguladoras

4/04/2025 | 11:46



Ministra Dweck elogia papel estratégico das agências, mas servidores exigem ação concreta para corrigir desigualdade histórica





Em discurso recente, a ministra Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) destacou as agências reguladoras como modelo de servidores qualificados e bem remunerados. No entanto, a Confederação dos Servidores Públicos do Brasil - CSPB alerta: há uma dívida histórica não resolvida, com defasagem salarial de quase R$ 10 mil em relação a carreiras equivalentes.

Durante reunião com empresários na Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), a ministra reforçou a importância da estabilidade e da modernização do serviço público, citando as agências como exemplo de eficiência. No entanto, a CSPB lembra que, desde a criação das carreiras regulatórias, houve um progressivo desequilíbrio remuneratório, hoje agravado pela falta de recomposição salarial.

"A fala da ministra ignora um dado central: hoje, as agências acumulam uma defasagem de quase R$ 10 mil em relação às carreiras com as quais eram originalmente equiparadas", afirma Thiago Botelho, Diretor Adjunto de Relações Institucionais da CSPB.

 
Reconhecimento sem ação não basta
 

Apesar dos avanços citados por Dweck – como concursos recentes e reajustes parciais –, a CSPB solicita medidas urgentes para restabelecer a equiparação salarial com o ciclo de gestão.

"Reconhecer a importância dos servidores é essencial, mas valorização real só ocorre com justiça salarial", reforça Botelho.
 

O que o governo tem feito?
 
O Ministério da Gestão destacou medidas como:

 

- Concursos autorizados (ex: 220 vagas para ANM, 460 para Ibama);

- Reajustes de 27% em algumas carreiras (saiba mais);

- Modernização digital, como o programa Voo Simples da ANAC (saiba mais).



Porém, para os servidores das agências, isso não resolve o cerne do problema: a defasagem acumulada ao longo dos anos.
"Não adianta atrair novos talentos se não houver retenção dos atuais, esgotados pela defasagem e sobrecarga", alerta Thiago.

 
Próximos passos
 

A CSPB seguirá cobrando do MGI uma política efetiva de recomposição salarial e a necessária equiparação com as carreiras do ciclo de gestão.

"O discurso da ministra é positivo, mas precisa vir acompanhado de ação. A hora de corrigir essa injustiça é agora", conclui Botelho.
 

#ValorizaçãoJá #JustiçaSalarial #AgênciasReguladoras
 
 


Secom/CSPB com informações da UnaReg

 
.