Unidade sindical e pautas urgentes marcam manifestação que levou milhares às ruas e cobrou ação do governo e do Congresso





Milhares de trabalhadores do serviço público, privado e do campo ocuparam as ruas de Brasília nesta terça-feira (29/04) na Marcha da Classe Trabalhadora, organizada pelas Centrais Sindicais. Com pautas como redução da taxa de juros, fim da escala 6×1, isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e defesa do serviço público, o ato terminou com a entrega de um documento ao presidente Lula e aos presidentes do Legislativo e Judiciário (baixe AQUI).


Unidade contra o retrocesso

 
A manifestação destacou a necessidade de resistência a projetos conservadores no Congresso e a urgência de políticas desenvolvimentistas.

"Estamos vivenciando um momento de unidade da classe trabalhadora que deve reforçar a defesa de um Estado que promova desenvolvimento", afirmou João Paulo Ribeiro "JP", Diretor de Relações Institucionais da CSPB. Ribeiro orienta uma participação ainda mais engajada dos servidores públicos na construção das reivindicações gerais da classe trabalhadora. "Avalio que necessitamos ampliar nossa representação nestes espaços, mas quem foi mostrou força. Precisamos nos incluir nessa luta contra o retrocesso".

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, reforçou a vitória da mobilização coletiva: "Sem unidade, não teríamos a valorização do salário mínimo, a igualdade salarial entre gêneros ou a retomada do Bolsa Família". Durante o ato, lideranças simularam um "abraço sindical", conclamando: "Trabalhador unido jamais será vencido!".
 

Juros altos e Banco Central no alvo


Adilson Araújo, da CTB, cobrou mudanças na política econômica: "Chegou a hora de um cavalo de pau nos juros altos. No dia 6 de maio, estaremos no BC para dizer: basta de autonomia que sufoca o consumo e a produção". A crítica ecoou entre os manifestantes, que carregavam faixas contra a taxa Selic elevada.
 

Serviço público e sustentabilidade


Flauzino Antunes Neto, Diretor Adjunto de Política Ambiental e Economia Sustentável da CSPB, presente no ato, destacou: "Não há desenvolvimento sem serviço público forte e uma agenda econômica que priorize o social. A pauta trabalhista beneficia a todos”, afirmou.

Já o Presidente da CSPB, João Domingos Gomes dos Santos, reforçou: "Esta Marcha é estratégica para pressionar por direitos. Os trabalhadores do setor público devem se envolver mais para fortalecerm suas lutas nessa construção".


Próximos passos


O documento entregue ao governo inclui 26 reivindicações (baixe AQUI), como a regulamentação do trabalho por aplicativos e a Política Nacional de Cuidados. A mobilização deve continuar: nesta quarta (30/04), uma nova marcha em defesa do SUS está marcada na capital federal.

 "A luta faz a lei", gritaram os manifestantes. O recado foi claro: a classe trabalhadora não aceitará perdas e exige respostas.

 
Confira as principais bandeiras do movimento:
 

- Redução da jornada sem corte salarial
 
- Fim da escala 6×1
 
- Taxação de grandes fortunas
 
- Redução imediata da taxa de juros
 
- Fortalecimento do SUS e serviços públicos

- Regulamentação da Convenção 151 da OIT, que trata da liberdade sindical, negociação coletiva e direito de greve no serviço público


A CSPB reforça seu compromisso com a mobilização permanente e convoca os servidores a se somarem às próximas ações.
 



Secom/CSPB