CSPB destaca luta por direitos trabalhistas em Sessão Especial no Senado

12/05/2025 | 06:35



Evento em homenagem ao Dia do Trabalhador reuniu autoridades e lideranças sindicais para debater avanços e desafios da classe trabalhadora





O Plenário do Senado Federal foi palco, na sexta-feira (09/05), de uma Sessão Especial em celebração ao Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, requerida pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e apoiada por diversos parlamentares. O Diretor Adjunto de Política Ambiental e Economia Sustentável da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil - CSPB e Secretário das Relações de Trabalho da CTB, Flauzino Antunes Neto, participou do evento, reforçando a importância da luta por direitos e da valorização dos trabalhadores públicos e privados.
 

Assista à íntegra da Sessão Especial:
 



 

Em sua fala, Flauzino Antunes destacou a necessidade de um Plano Nacional de Desenvolvimento que priorize investimentos públicos e redução de juros para garantir o crescimento do país.

“Na Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB e na Confederação dos Servidores Públicos do Brasil - CSPB, nós defendemos a independência econômica do país e a soberania política. Essas duas vertentes só se concretizam com a valorização dos trabalhadores do setor público e privado dentro de um Plano Nacional de Desenvolvimento. Isso passa muito por mais investimento público e menos juros para que o país se desenvolva.”


O líder sindical também abordou a histórica resistência das elites econômicas em ceder direitos trabalhistas:

“O que estamos discutindo aqui é uma questão histórica, que é a relação capital/trabalho. Desde o século 19 vem esse debate de que não pode reduzir jornada de trabalho porque senão as empresas quebram, diziam que não era possível libertar os escravizados porque a economia brasileira iria quebrar, enfim, sempre escutamos isso e nenhuma destas tragédias econômicas e sociais se confirmaram.”


Flauzino criticou ainda a concentração de poder das elites e a necessidade de ampliar a representação política da classe trabalhadora:

“A elite brasileira domina os meios de comunicação, tem recursos de sobra para sobrepor suas narrativas nas redes sociais, enfim, seguem em ampla vantagem por conta de seu poder financeiro e político.”


O diretor da CSPB finalizou sua participação reforçando pautas urgentes para os trabalhadores:

“É preciso resgatar o orgulho e a dignidade do trabalhador celetista. O Brasil sempre cresceu nas fases em que a renda foi melhor distribuída. Estamos a quase um ano das próximas eleições e precisamos ampliar nossa representação política no Executivo e no Legislativo. Precisamos manter o país no rumo do progresso e do desenvolvimento.”
 

Entre as principais reivindicações, Flauzino destacou:
 

- Redução da jornada de trabalho sem corte salarial;
 
- Fim da escala 6x1;
 
- Salários iguais para homens e mulheres;
 
- Isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000,00;
 
- Fortalecimento das negociações coletivas, especialmente no setor público.

 
“Resumindo, nós temos muita coisa para avançar, também temos muita coisa para comemorar, mas o Dia do Trabalhador também é um dia para reflexão e luta.”
 

Autoridades reforçam compromisso
 

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, e o diretor da OIT no Brasil, Vinícius Pinheiro, também discursaram, reforçando a necessidade da defesa da democracia, combate às fake news e de políticas públicas que assegurem dignidade no trabalho. “MEI é fraude trabalhista”, destacou Marinho.

A procuradora Cirlene Zimmermann (MPT) alertou para os riscos do desvirtuamento do conceito de ‘trabalhador’, defendendo a CLT e a base de direitos trabalhistas, enquanto a presidente da Anamatra, Luciana Conforti, destacou a importância do fortalecimento das organizações sindicais e da Justiça do Trabalho.
 

Próximos passos

 
A CSPB e a CTB seguem mobilizadas na defesa dos trabalhadores, pressionando por medidas que garantam melhores condições de trabalho, distribuição de renda e desenvolvimento nacional.

“O 1º de Maio não é só data, é luta!” — lema que ecoou no Senado como lembrete de que a conquista de direitos exige vigilância constante.
 

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Secom/CSPB

 
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