Caderno de Negociação do Dieese apresenta dados alarmantes para Servidores
4/04/2025 | 07:21

O Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgou segunda-feira, 31, o Caderno de Negociações edição 87, de março de 2025. Os estudos apontam dados alarmantes para os Servidores Públicos.
A manchete desta edição remete às greves de 2024, motivadas por local de trabalho e condições de segurança. De acordo com o Sistema de Acompanhamento de Greves do Dieese, as reivindicações ligadas às questões de saúde e segurança estiveram presentes na pauta de 130 greves do ano passado. Destas, 51% foram organizadas por Servidores Públicos, 42% pelos trabalhadores da iniciativa privada, e 7,7% por funcionários de estatais.
O levantamento mostra, ainda, que, em 82% das greves, a principal reivindicação dos Servidores foi sobre a adequação do local de trabalho. “Profissionais de educação e saúde seguem exigindo reparos e reformas em escolas e unidades de saúde. O reconhecimento do caráter insalubre de determinadas atividades, com o pagamento do adicional devido, vem em segundo lugar (15% das greves)”, destaca o documento.
Já nas estatais, a adequação do local de trabalho aparece em 80% das greves com reivindicações de saúde e segurança. Em metade delas, as condições de segurança são questionadas pelos trabalhadores.
Educação
O Dieese apresenta também o baixo investimento em educação, realizado pelos estados. De acordo com o estudo, mesmo com a exigência de investimento na área de 25% da arrecadação, a maioria dos governos aplicam apenas o mínimo necessário.
No ano de 2024, 16 estados destinaram menos de 1 ponto percentual do mínimo exigido. Outros oito investiram entre 26% e 28%. “Apesar de atenderem à legislação, esse nível de investimento tende a refletir mais uma obrigação fiscal do que uma estratégia efetiva para o desenvolvimento educacional”, aponta o estudo.
Outros pontos destacados pelo Dieese foram os 87% de reajustes com ganhos reais, obtidos pelos trabalhadores com data-base em fevereiro; a queda do emprego público e aumento da contratação pela iniciativa privada no saneamento; o que diz a legislação sobre a saúde mental do trabalhador; e o aumento do valor da cesta básica em 14 das 17 capitais pesquisadas.
Completo
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Fonte: Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos no Estado de São Paulo - Fessp-Esp