Na oportunidade o presidente da CLATE, Julio Fuentes, discorreu sobre os desafios contemporâneos e apresentou um pouco da história, das metas e dos objetivos da Confederação Latino Americana e do Caribe dos Trabalhadores Estatais.





Na última sexta-feira (12/03) o programa TV Força, do México, entrevistou o presidente da Confederação Latino Americana e do Caribe dos Trabalhadores Estatais – CLATE, Julio Fuentes. Na oportunidade, o líder sindical discorreu sobre os desafios contemporâneos e apresentou um pouco da história, das metas e dos objetivos da maior entidade do setor público nas Américas, com uma representação que agrega mais de 5 milhões de trabalhadores. “Estes 55 anos que celebramos demonstram a solidez de uma entidade que se perpetua e que cresce em dimensão e protagonismo”, afirmou o líder sindical ao entrevistador.
   
                                                                                                                                                                    
Assista ao programa:





Síntese da entrevista:


Pandemia – Julio Fuentes afirmou que os trabalhadores do setor público, em especial, atravessaram um período muito delicado, com uma pandemia que os atingiu diretamente pela natureza de seus serviços, mas que também eliminou qualquer dúvida pregressa sobre a importância dessas categorias profissionais para o enfrentamento e a superação de uma crise sanitária com essas dimensões.

Neoliberalismo na berlinda -  O líder sindical alertou que pelo menos nos últimos 20 anos estivemos submetidos a um pensamento dominante de viés neoliberal, de que o Estado Mínimo seria a melhor alternativa de desenvolvimento para o enfrentamento dos problemas contemporâneos, confrontando o setor público e questionando sua importância para a sociedade.
O líder sindical confrontou essa falsa narrativa. De acordo com Julio, a emergência sanitária resultante da pandemia demonstrou de maneira inquestionável a importância dos profissionais que foram expostos aos riscos iminentes mas que seguiram firmes e dedicados ao propósito de salvar vidas e reduzir o trágico impacto de uma crise sanitária sem precedentes. “Uma tragédia que evidenciou a necessidade de fortalecermos e ampliarmos o tamanho do Estado, com a meta de torná-lo cada dia mais eficiente e acessível à população. Os servidores públicos estiveram à altura dos desafios e das circunstâncias que tiveram de confrontar, está na hora de o poder público estar à altura das circunstâncias de resolver os problemas do dia a dia que afligem essas categorias”, disse.

CLATE 55 anos – Julio Fuentes deu ênfase de que força da entidade é resultado de debates que admitem diversas correntes de pensamento, mas que seguem firmes na busca de um proposito comum de melhorar as condições de vida dos trabalhadores do setor público e da sociedade atendida e beneficiada por esses profissionais. “Imagina preservar essa unidade junto as mais de 90 entidades da nossa base de representação por mais de meio século? A diversidade nos fortalece, não nos divide”, afirmou.

Sindicalismo Latino-Americano – “Estamos atravessando um momento de transição. Vivemos um período de muita agressão ao sindicalismo, submetendo suas lideranças a um processo de absoluta resistência. O sindicalismo está compreendendo a necessidade de renovar-se , de se abrir aos novos desafios que suas representações exigem. A ampliação ainda discreta da participação feminina no sindicalismo é reflexo dessa necessária modernização. Compreender e conviver com as diversidades políticas ou religiosas e ampliar a participação feminina nos espaços de decisão está no caminho das necessárias mudanças que precisamos implementar”, concluiu o entrevistado.



Secom/CSPB