De volta à ativa, Lula se reúne com ministros e faz indicações para agências

18/12/2024 | 07:08


 
Presidente pediu aos ministros quadro detalhado das votações no Congresso e prometeu ajudar na articulação para aprovar a reforma tributária e o pacote fiscal ainda esta semana

 
Lula despacha com Haddad - Foto: Ricardo Stuckert/PR


por Iram Alfaia


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou sua agenda de trabalho em sua residência em São Paulo, onde se recupera desde a alta hospitalar recebida no domingo (15). Entre as agendas, ele já despachou com dois ministros e encaminhou ao Senado 17 indicações para cargos de direção em nove agências reguladoras.

Lula pediu aos ministros quadro detalhado das votações no Congresso e prometeu ajudar na articulação para aprovar a reforma tributária e o pacote fiscal ainda esta semana.

“Confesso a vocês que me surpreendi com a disposição do presidente. Está muito tranquilo. Foi um despacho absolutamente normal. Ele está corado, muito bem”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao deixar a residência do presidente.

De acordo com o ministro, o apelo que ele está fazendo é para que as medidas fiscais não sejam desidratadas.

“Nós temos aí um conjunto de medidas que garantem a robustez do arcabouço fiscal. Estamos muito convencidos de que vamos continuar cumprindo as metas fiscais nos próximos anos”, disse Haddad.


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Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, o presidente lembrou que o Congresso tem autonomia para mudar a proposta do pacote fiscal, mas ressaltou que a responsabilidade com controle das contas é dele.

“Ninguém nesse país tem mais responsabilidade fiscal do que eu. Já governei esse país três vezes. Eu entreguei o Brasil crescendo 7,5% e com a massa salarial mais alta do país. E é o que eu quero fazer outra vez”.

Sobre a reforma tributária, Lula disse que quer fazer uma reforma para aumentar tributos. “Se o Brasil arrecadar corretamente os tributos já estabelecidos por lei, teremos arrecadação suficiente para cuidar das coisas. Não precisa aumentar tributo”, defendeu.

O quadro da votação no Congresso também foi atualizado pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

“Falei, mais uma vez, como é que está o diálogo dos relatores dos projetos de lei que consolidam o marco fiscal e o compromisso dos presidentes das duas casas, tanto da Câmara quanto do Senado, em trabalhar para concluir a votação este ano das medidas que consolidam esse bom momento de crescimento econômico no país”, disse Padilha.

Um balanço do Conselhão, realizado na semana passada, também foi apresentado a Lula. “Passei para ele como foi a reunião, em que ele não pôde estar presencialmente, e todos os avanços, inclusive o Decreto da Governança da Transformação Digital no país e de como foi bem recebido pelos conselheiros e conselheiras”, acrescentou.


Agências


O presidente também fez as indicações para substituir os nomes de indicações feitas pelo governo anterior às agências reguladoras.

Entre os nomes estão Artur Watt Neto, procurador federal da Advocacia-Geral da União (AGU), que foi indicado para o cargo de diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o presidente encaminhou os nomes de Leandro Pinheiro Safatle, do Ministério da Saúde, para o cargo de diretor-presidente.

Para a Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN), foi indicado Alessandro Facure Neves de Salles Soares para o cargo de diretor-presidente.

Já para a diretoria da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o presidente fez a indicação de três nomes: Larissa de Oliveira Rêgo, Cristiane Collet Battiston e Leonardo Góes Silva.

Para a Agência Nacional de Mineração (ANM), foi indicado José Fernando de Mendonça Gomes Júnior para o cargo de diretor-geral.

Para a mesma posição na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Lula indicou o atual diretor do órgão, Guilherme Theo Rodrigues da Rocha Sampaio.

Wadih Nemer Damous Filho, atual chefe da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), foi indicado para diretor-geral da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). E para a Agência Nacional do Cinema (Ancine), o presidente indicou Patrícia Barcelos.




Fonte: Portal Vermelho com informações da Ascom/Planalto
 
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