Mauro Zica representa o Brasil em missão de dirigentes sindicais na Guatemala

14/08/2013 | 18:39




A Internacional de Serviços Públicos (ISP) reuniu uma delegação de dirigentes sindicais com o presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, e com ministros do país para solicitar imediata interferência do governo guatemalteco em relação às constantes violências que os sindicatos e seus membros vêm sofrendo. As reivindicações apelam principalmente pelos direitos e respeito à vida dos trabalhadores da Guatemala.

A missão inclui líderes sindicais do México, Argentina, França, Alemanha, Suécia, Bélgica, Estados Unidos e Brasil tendo como representante o Secretario Executivo do SICOSERV da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil (CSPB), Mauro Zica Júnior, que também é secretário da CLATSEP, presidente da NCST/GO e presidente da FESSPUMG.

Durante as reivindicações, os delegados dos trabalhadores da Guatemala solicitaram que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) abrisse uma Comissão Especial de Inquéritos sobre as violações de direitos trabalhistas e sobre o extenso histórico de violência sindical.

De acordo com a secretária geral da ISP, Rosa Pavanelli, a Guatemala é o lugar mais perigoso do mundo para sindicalistas. “Viemos transmitir ao governo da Guatemala o apoio internacional para os trabalhadores do serviço público filiados a ISP”, explica Pavinelli.

Na oportunidade, o governo ouviu todas as reivindicações e explicou que existe um representante de alto nível da OIT na Guatemala para investigar e julgar crimes cometidos contra sindicalistas e para negociar também um acordo para o exercício da liberdade de sindicalização.

Em 2013 vários sindicalistas foram brutalmente assassinados na Guatemala. Por esse motivo a ISP apoia a criação de um observatório para monitorar as violações de direitos humanos e trabalhistas na Guatemala. "Estamos solidários com os nossos membros que estão sendo atacados simplesmente por exercerem o seu direito de aderir a um sindicato, por sua coragem em expor a corrupção e nepotismo e defender os serviços públicos de qualidade contra a privatização", concluiu Rosa Pavinelli.

O diretor da CSPB, Mauro Zica, busca um encontro com o embaixador brasileiro da Guatemala para marcar uma audiência e pedir que o governo brasileiro interceda, com o apoio do governo da Guatemala, para que juntos consigam o fim da impunidade dos crimes cometidos contra a classe trabalhadora neste País. “Enquanto existir abusos de mão de obra infantil, e trabalhadores assassinados de forma brutal é preciso lutar. Não podemos admitir que esses atos violentos persistam no meio sindical”, esclareceu Zica.

Fonte: FESSPUMG com alterações
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